quarta-feira, 8 de junho de 2011

Como criticar sem magoar... Feedback é preciso! Feedback é necessidade!

“Eu não tenho nenhum talento especial. Eu apenas sou um eterno curioso”
Você sabe quem disse isso? Albert Einstein... Pelo menos foi o que eu vi lá no Saia do Lugar.

Pois bem, mas a dica de hoje vem de outro lugar... A dica foi dada pelo Pequeno Guru Sylvio Ribeiro e trata sobre a habilidade de sabermos CRITICAR... Sim... Criticar é preciso! Mas é preciso saber criticar... Mais que isso, é preciso criticar sem fazer uma crítica, mas sim um FEEDBACK...

O diálogo é preciso em nossas vidas, dentro da nossa casa, com nossos amigos, parentes, mãe, pai, namorado(a) etc... Por que diabos não seria preciso em nossa empresa?

Segue o artigo:


Como criticar sem magoar

Particularmente, não gosto do termo “crítica construtiva”. Primeiro, porque a maioria das pessoas que criticam não o fazem de forma realmente construtiva. Segundo, porque se você trabalha com pessoas para uma empresa onde o sucesso depende do coletivo, deve estar preparado para receber críticas e dar críticas. Infelizmente, grande parte dos profissionais não estão preparados para nenhum nem outro.
É normal querer ser simpático e evitar ferir os sentimentos das pessoas. Dá para entender que alguém se sinta mal ao receber uma crítica. Mas isso não é aceitável e muito menos produtivo. Precisamos estar abertos às críticas, seja para dar ou receber. Não é fácil, mas precisamos implantar a cultura da crítica na nossa empresa e na nossa carreira. Como diz o consultor Peter Bregman:
Dar feedback às pessoas é um ato de confiança e segurança. Isso demonstra que você acredita na habilidade de mudar da pessoa, que ela irá usar a informação para se tornar melhor, e que você acredita em seu potencial.
A crítica é a melhor — em muitos casos a única–  maneira de enxergar os nossos pontos cegos,  aqueles defeitos que não sabíamos que tínhamos ou víamos de maneira distorcida da realidade. Todo mundo tem ponto cego. Estamos sempre tão focados em certas coisas (carreira, filhos, cursos, dificuldades) que acabamos descuidando de coisas aparentemente triviais. Ter alguém que lhe diga que você é muito fechado, ou não se veste de maneira adequada, ou que você fala demais nas reuniões; é valioso. O problema é que as pessoas só costumam falar isso em três situações: 1) Quando é seu chefe; 2) A situação está insustentável; 3) Quando é seu amigo. E, mesmo assim, chefes e amigos costumam adiar até ficar insustentável.
Mas nem sempre a situação é tão ruim assim. Aquele seu colega que envia “e-mails descontraídos” para o pessoal do escritório não vai ser demitido por isso. Aquela sua colega que só fala em festa não vai ser demitida por ser baladeira. Apenas pega mal, e talvez eles nem estejam cientes do impacto negativo disso porque nunca ninguém falou.
Mesmo quando o problema afeta à empresa e foge do contexto particular, as pessoas não gostam de criticar. Quantas e quantas vezes eu vi e ouvi histórias de pessoas que não abriam à boca em reuniões, mas criticavam ao colocar o pé para fora da sala. O pior é que essas críticas poderiam ajudar à empresa e à equipe a criar algo melhor, mas as pessoas não falam; seja por não se sentir confortável, por não querer ofender o trabalho do colega ou mesmo porque não vai com a cara dele. Existe uma coisa pior do que criticar: ver algo fracassar e não fazer nada.
Eu não sou a melhor pessoa do mundo para receber críticas, e tenho minhas dúvidas se alguém realmente se sente bem ao recebê-las, mas a diferença está na habilidade de lidar com elas. Eu sou uma pessoa muito crítica, não do tipo que sai apontando os defeitos dos outros, mas do tipo que tem sempre uma opinião sobre algum assunto. Às vezes eu espero as pessoas pedirem minha opinião, às vezes eu dou minha opinião sem ser solicitado, mas nunca dou minha opinião se não percebo o mínimo de abertura da outra parte. Porque ela provavelmente não irá receber bem. De qualquer forma, é algo que requer vigilância. Se é para o bem da empresa e o se o seu trabalho também está em jogo, faça!
Mas faça com jeitinho, e aqui vão algumas dicas de um especialista:
  1. Peça permissão. Antes de sair metralhando, pergunte “posso dar minha opinião?”. Isso irá preparar a pessoa para receber uma crítica ou elogio, e evitará ser pego de surpresa.
  2. Não rodeie. Ultrapassada a barreira de abrir a boca, seja claro e não floreie com elogios.  Concentre-se no problema, não na pessoa. Começar uma crítica citando os pontos positivos irá minimizar a importância da crítica.
  3. Faça com frequência: Não criticar nunca tem outro problema, quando se faz, a crítica parece mais negativa. O ideal é criar a cultura do feedback, em que as pessoas sintam-se livres para dar suas opiniões uns para os outros sem se ofender ou levar para o lado pessoal.
Em algum momento, crítica se tornou sinal de algo nocivo, assustador e pessoal. As pessoas até passaram a chamar de  “crítica construtiva” quando ela parece mais positiva. Fato é que toda crítica deve ser bem-vinda, pois em muitos casos é a única maneira de melhorar o nosso trabalho e as nossas atitudes.
O grande problema da crítica está em quem critica. Precisamos aprender a criticar. O modo e a intenção com que se faz deve ser nobre.  Gentileza e bom-senso são qualidades que se traz de casa. Sinceramente, não acredito que ninguém critique com a intenção de machucar, mas se existir alguém assim na sua empresa, aí o problema é outro: RH.

Fonte: Pequeno Guru
Conteúdo protegido pela licença Creative Commons.

Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens relacionadas

Compartilhe